sábado, 30 de janeiro de 2010

Capítulo 2: A saída de São Paulo.

Como é difícil ir a um país sitiado, a dificuldade era tamanha que eu gastei quase duas horas de telefone com a embaixada do Haiti no Brasil e com a companhia aérea que me levou até o Rio de Janeiro.

No Aeroporto Galeão - Antonio Carlos Jobim, eu me motivei a perder minha virgindade e tomar um cafezinho, e como foi ruim, não me lembro de ter pagado tão caro por água suja antes. Para compensar o folhado misto era excelente e o suco de laranja ( pós trauma) também.

Do rio eu ainda fiz mais quatro conexões antes de desembarcar em Santo Domingo.

O ultimo avião era um Antonov AN-168, também conhecido como, avião de carga. Para ser sincero eu não esperava ser transportado junto com algumas toneladas de água e uma fruta que nem quis saber o nome, oriunda da Venezuela. O avião estava justamente levando as frutas para Republica Dominicana e as águas para outro lugar, não fiz questão de amizade com a tripulação, pois eles não existiam, no avião estava apenas eu e mais três pessoas. Por mais de duas horas eu me senti em um navio fantasma. E nossa que frio.

Não consegui dormir durante meu passeio, para ser sincero acho que não dormi por quase 12 dias. E por isto o Próximo terá o nome de Insônia.

4 comentários:

Naya Rangel disse...

Post muito bem escrito ... Tu és corajoso rapaz!

Abraços!

Fabiana disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Fabiana disse...

Uau, 12 dias! =O
Mas, por que as pessoas ali "não existiam"?

André Gasparini disse...

O único passageiro a bordo era eu. O resto era o piloto, co-piloto e navegador.

Claro que eu cochilei neste meio tempo, o problema é que eu não dormia realmente. huauhauha

Postar um comentário