terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Quantos lugares podemos visitar antes de morrer ? (01)

              Nos últimos anos tenho viajado muito, acredito que muito acima de média nacional. Em poucos anos passei por lugares frios e lindos como a Patagônia e Lugares quentes e perturbadores como o Haiti no pós terremoto. Nestas viagens aprendi muito sobre o sentimento humano, dor.

              Deste muito jovem criei uma relação muito próxima com a dor física e as angustias psicológicas, dores estas que não compreendo até a data presente e talvez nunca vá compreender.

              Dos paradigmas apresentados até hoje, relembro o caso de uma senhora moradora de uma casa simples no alto dos Andes – CHILE, que por sua simpatia fui convidado a morar e habitar sua residência por 2 dias, em troca de suas histórias, carregava a dor de uma passado inteiramente dignos dos 100 anos de solidão (Cien Años de Soledad - Gabriel García Márquez) . Seu pai perseguido pelo governo do General Augusto Pinochet, que com o apoio dos Carabineiros tomou o poder no pais iniciando uma verdadeira perseguição.

             Sua mãe, militante na política chilena e mãe de 3 filhos, apareceu morta logo no primeiro dia de conflito, de situações completamente humilhantes e na fuga o pai fugiu para as cordilheiras onde permaneceu com seus filhos por mais de 50 anos, Os motivos de sua permanência em local tão remoto eu nunca saberei, ao tocar no assunto, a fonte de histórias se corrompeu em agressividade.

             Correndo o risco perguntei sobre seus irmãos e por que ela não mantivera contado com eles, e novamente nada foi respondido.

             Esta é uma história de medo, que me arrepia em cada lembrança, saber que não se pode viver livremente é perturbador. Diga-me, o que você faria em minha situação?

             Continuei minha fornada ao topo dos Andes, e no retorno quando finalmente tomei coragem de perguntar para ela qual seria seu destino, o que a impulsionava a viver, encontrei seu casebre vazio.

              Até hoje não sei o destino de tão simpática senhora, em meus sonhos, idealizo ela em um local quente, com seus irmãos e uma grande ceia de natal. Em pensamento, vislumbro uma realidade muito diferente.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Um conto de natal

Bloco de neve ao mundo gelar

vendo a relva que brilha no olhar

Olhos tristes.

Abalado por minha mente musica, escolho ti musica genial

Através de rimas pobres posso mostrar

O que só meu coração quer revelar



Da luz refletida em seu rosto

Das emoções que o som produz

Sem você ao meu lado nada me seduz



O desejo vira pedido

Quero ti, natal aqui comigo.

 
 
uahuahu Só estou brincando na madrugada.... Prometo um texto bem legal até o final do ano^^

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Ensina-se se Puder

Neste amanhecer, bolas de sabão embalam minha mente.

E quando isto acontece, neste ramo momento, devo escrever o mais rápido possível. Pois meu pensamento ou explodirá sobre este blog, ou se chocará com o infinito que intitularei de mundo das idéias (Sócrates me plagiou, Que feio !!!)

A pouco fui surpreendido com um e-mail, não qualquer e-mail, era um contato especial. Possivelmente o responsável por algumas multas de trânsito, porém, especial em cada detalhe.

“Vamos ao teatro?” E que louco negaria? Que chamado mais frutivo e tentador !!!

E logo eu estava lá, entre amigos, rumo a uma nova aventura.

Ensina-me a viver???

Oh doce senhora, que rouba corações por onde passa. Sua generosidade ultrapassa as barreiras sociais e enche minha alma com vida.

Às vezes nesta vida, nós brincamos de Mutantes e Andamos meio desligados.

Eu nem sinto

Meus pés no chão

Olho, e não vejo nada

Eu só penso

Se você me quer…

E no ritmo desta batida em meu peito que ensurdece minha busca pela verdade, ela me lembra que estou vivo, através de sua mutação à prisão social.

Mas por favor

Não me leve a mal

Eu só quero

Que você me queira

Se eu quisesse, se pudesse descrever este sentimento de vida, com certeza faria como ela, não pediria desculpas por nada, compraria um bom guarda-chuva e guardaria de baixo dele o meu amor, a minha virtude.

E nem toda a leveza da vida, pode tirá-la de seu compromisso mais furtivo. E neste breve fim, as bolhas de sabão começam a se perder novamente, e o brilho do olhar a secar, o arrepio em braços gélidos retoma em uma explosão divina entre o bem e o mal.



GIRA !




GIRA !!!




PULE !



GRITE !



Grite por cada momento perdido, não pela partida dela, meu irmão, mas grite lá do fundo de sua alma por cada vida perdida dentro de seu espectro, dentro de cada suicídio. Sua dor só aumentaria se o incêndio não lhe tivesse matado. Pobre é o seu fim.



Gire oh borboleta agora solitária, se matar não é a resposta, lembre-se que ela lhe ensinou a viver.

domingo, 1 de agosto de 2010

O desperdar de minha alma (O despertar da primavera)

Um soco na boca de meu estômago não poderia doer mais do que a peça teatral O despertar da Primavera, não consigo dormir só de pensar na dor do mundo ao meu redor, e se isto não me deixar louco, vai acabar me matando aos poucos como um câncer que surge e contamina tudo ao ser redor, tudo o que é belo e santo.


Mata-me saber que um dia o desvelar de uma tragédia poderia ser tão belo, E lhe pergunto, Que futuro caro leitor pode ter um Herói que perde seu melhor amigo para o suicídio e sua amada para por pura burrice, por uma falsa aparência.

E como sempre, a foz dos mortos é sempre a mais tocante.

Todos os dias quando acordo percebo um céu mais triste, infeliz é o seu olhar para a terra. Chega desta falsa informação eu quero ver coisas boas que me façam ser humano.

Na sociedade moderna temos a burrice como um modo de vida, a consumo exagerado e a paranóia da mentira. Sabe quantas pessoas já morreram para você poder tomar seu Danone todas as manhãs?. Com o tempo todos vão enxergar a verdade da vida, porém, hoje eu fico com o meu soco no estômago, esta dor passageira, que corromperá uma ou duas noites de sono e em breve entrará no esquecimento.

Tantas relações perdidas, a pura questão social em minha pele, Ao sair do ambiente mágico do teatro fui violento, e havia explicações como a raiva que sentia, o amor perdido e a falta de compaixão. É um crime ser verdadeiro?

Os musicais deveriam ser felizes... Então como explicar este vazio e tanta impotência?

Choca-me com sua verdade e eu lhe apresentarei uma bela história sobre coelhos e lobos, onde por hora todos somos os coelhos, seres pacíficos a tudo o que vemos, vivemos ou presenciamos. E o meus personagens favoritos os lobos, senes instintivos que aprenderam com a vida a serem os loucos da situação. Quem se acha normal, não sabe o quanto é bom ser louco ou se prefere um lobo social.

Forme sua matilha... Experimente um dia de loucura e terá por um instante a verdade de uma vida.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

A arte visão!!! A vidade da vida.



Escolha um Lugar especial.



Você Sabe onde fica? sabe como chegar nele? Busque em você a verdade da vida.



A amizade e a união...





A única coisa que você precisa,,,



Talvés já exista... Mupy de Livro ^^

terça-feira, 13 de julho de 2010

Desafiado... Comprovado... decifra-me ou te devoro

O desafio foi aceito!

terça-feira, 29 de junho de 2010

Subindo o muro do quintal

Vemos coisas fora do normal







no pondo mais alto, irmãos se encontram.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Um projeto de vida

17 Noites sem dormir = Menos 20 dias de vida.


96 páginas escritas em 6 messes = 17 noites sem dormir.

Menos 20 dias de vida = Um projeto de Pesquisa.

Publicar internacionalmente este projeto = Não tem preço.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Vamos refletir

DEUS CRIOU UM AMBIENTE RICO E SAUDÁVEL




PARA OS SERES DESFRUTAR



POREM ESTÁ SENDO DESTRUÍDO



POR NÃO SABERMOS CUIDAR



O EFEITO ESTUFA NA CAMADA DE OZÔNIO



RIOS CONTAMINADOS E O AR



A NATUREZA ESTÁ GEMENDO



REAGINDO E O POVO SOFRENDO



É HORA DE NOS DESPERTAR



MAS NEM TUDO ESTÁ PERDIDO



O AR NÃO ESTÁ TODO POLUÍDO



NEM TODA ÁGUA CONTAMINADA



AINDA TEMOS SOLO FÉRTIL NO BRASIL



QUE PRODUZEM MUITO BEM



ESTA REALIDADE EM OUTROS PAÍSES



É PARCIALMENTE TAMBÉM



E NOSSAS MATAS AMAZÔNICAS



PULMÃO DO MUNDO CONSIDERADO



O OXIGÊNIO QUE ELA PRODUZ SOBE PARA ATMOSFERA



E DISTRIBUI AOS NECESSITADOS



OUTRA COISA SABEMOS TAMBÉM



A POLUIÇÃO QUE OUTROS PAÍSES E REGIÕES COMETEM



ATINGE TODO GLOBO TERRESTRE



E A VIDA DE TODOS OS SERES COMPROMETEM



ALERTA AINDA É TEMPO



VAMOS REFLORESTAR



PRESERVAR AS MATAS QUE AINDA TEMOS



NÃO DERRUBAR NÃO QUEIMAR



NÃO JOGAR LIXO NOS RIOS



NEM ESGOTOS SEM QUE PRIMEIRO TRATAR



CUIDAR DOS OCEANOS E AFLUENTES



E DAS MATAS CILIARES



COLOCAR FILTROS NOS CHAMINÉS DAS FÁBRICAS



E NOS ESCAPAMENTOS DOS CARROS E IMPLEMENTOS



OS PROBLEMAS SÃO LOCAIS



MAS ATINGE GLOBALMENTE



PORTANTO É RESPONSABILIDADE DE TODOS



CUIDAR DO MEIO AMBIENTE



SE CADA UM FAZER SUA PARTE



EVITANDO AS AGRESSÕES



FELICIDADE NO PRESENTE



E NAS PRÓXIMAS GERAÇÕES



QUER SER FELIZ E CONTENTE.



PRESERVE O MEIO AMBIENTE!

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Dia Mundial do Escoteiro.

Do alto monte a declarar o que faço com amor, vou servir ao escotismo, demonstrando deste valor, e quem não acreditou ao batalhou para vender, a missão de minha vida é lutar até morrer. Obrigado GESFA - Grupo Escoteiro São Francisco de Assis.




Com você minha vida ganhou um sentido “SERVIR AO PRÓXIMO” e este amor que eu dedico a todos os meus irmão no Dia Mundial do Escoteiro.



Baden-Powell Obrigado por tornar este sonho possível.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Quer saber oq é uma merda?

Saber q sua mãe está no hospital novamente e eu não posso ir para SP

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Capitulo 6: Nada de Novo no Front

Da realidade a minha história.


O livro "Nada de Novo no Front" viria a ser um dos maiores romances anti-guerra da história e a obra máxima de Erich Maria Remarque. Nesse livro ele narra à desventura dos soldados e de toda a geração que participou da Primeira Guerra Mundial. Baseado nos seus próprios diários enquanto combatente, "Nada de Novo no Front" usa a ficção para representar a realidade daqueles tenebrosos dias com extremo detalhismo e uma minúcia digna de quem viveu e viu todos os horrores protagonizados por uma sociedade dita civilizada e evoluída.

Esta sociedade que através de um esforço mínimo protagonizou uma das maiores ações humanitárias da história humana, que mesmo com a demora, chegou. Com o tempo eu percebi que a derrota contra a burrice na verdade era o maior sinal de desespero por fome e sede de vida.

Quando eu escolhi este titulo eu estava pensando em escrever sobre os dias em que eu fiquei na base brasileira e o marasmo que minha vida se tornou por dois dias, mas, mudei de idéia vou passar direto para o dia seguinte e um novo rumo em minha viagem. Desta vez acompanhado de uma multidão e ao mesmo tempo da solidão.

A busca por trabalho.

Eu já estava realmente longe de Porto Príncipe e não havia a possibilidade de retorno então optei por uma nova perspectiva, não gostaria de visualizar as mesmas imagens de sofrimento e caos. Pude verificar ainda na Hospital Base que havia um posto de comando Mexicano Digner, onde grande parte dos recursos internacionais seriam distribuídos.

O ônibus mágico

Um ônibus muito simpático, colorido e com uma superlotação evidente passou por mim fiz questão de pará-lo, perguntei se poderia me unir a eles e em troca da minha passagem passaria a viagem auxiliando e trabalhando. O resultado?

O ônibus mágico desapareceu como em um passe de mágica.

Próximo Capítulo: “Um pôr-do-sol em Dleudon”.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Capitulo 5.2: O meu resgate parte 2

Quando cheguei ao topo do acampamento peguei o maior numero de equipamentos possíveis e junto com minha manada humana retornei ao local do resgate.

Quando você se coloca em uma situação de risco, também se coloca em xeque com algumas escolhas. Como eu era o único no local que poderia coordenar a situação com segurança não pude executar algumas tarefas de alto risco como entrar nas ruínas do prédio, subir ao que seria o quarto andar e fazer a fundição do cabo, este ponto pra quem entende de rapel ou jump, sabe que é a parte mais difícil e mais importante ao mesmo tempo.

Quando já havia idealizado o melhor caminho e a suposta melhor viga, conduzi um voluntário para fazer o meu trabalho.

Covarde? Acho que não. Gosto de pensar que fui realista. Acabara de correr uma distância razoável.

Impossibilitado de fazer minha primeira ideia, optei por fazer uma corrente em laço que me possibilitaria instalar duas roldanas que reduziriam o peso. Na viga que estava junto ao Ricardo preparei uma corrente em formato de “8” onde somente o lado direito foi tracionado.

A mágica acontece e a Morte chega perto.

Muitas vezes eu brinco e digo aos meus amigos que sou muito azarado. Neste dia a sorte estava do meu lado. Com a ajuda de outra corda que foi emendada, a viga foi levantada em uns cinco centímetros e muitos gritos de força e dor. A equipe de resgate retirou mais um homem sem pátria de suas ruínas.

Um grande problema, uma viga partida e uma vida quase rompida. Eu já cheguei muito perto da morte por algumas vezes, mas, esta foi especial a viga que estava no plano elevado se partiu derrubando a vida que estava em parte suspensa e caindo a um nariz de distância do meu próprio nariz.

O resultado:

Ricardo e eu fomos encaminhados para o Hospital de campana Brasileiro. Ele com duas faturas graves na parte inferior do corpo e eu pela primeira vez vi um osso que pertencia ao meu corpo. Ainda tenho a cicatriz do dedo mindinho.

Próximo capítulo: "Nada de Novo no Front"

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Lula vai a Vancouver para aprender a fazer olimpíadas de inverno.

O presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva, foi ontem ao Canadá prestigiar as límpidas de inverno, seu objetivo ficou claro em seu pronunciamento oficial.

“ Companheiros e companheiras, nunca antes na história deste país foi vista uma olimpíada tão bela como esta. É de ficar emocionado com tanta beleza e velocidade. Minha companheira Dilma pode dizer o quanto eu fiquei impressionado com estes jogos [...]. Mas eu não fim a passeio, com a redução do IPI as geladeiras e com as chuvas que tomaram São Paulo e o Brasil nos últimos anos eu posso afirmar, com certeza, o Brasil está preparado para sediar os próximos jogos de inverno em 2018 que será sediado no nordeste, em Pernambuco. Vamos brigar com os países do norte, e vamos vencer como já fizemos com as Olimpíadas do Rio, a Copa do Mundo de Futebol e o Pré-sal”.

É lógico que isto é uma brincadeira
 
Semelhante?


uhahuauhauhauhauhauhau

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Capitulo 5: O meu resgate

Ao chegar a Porto Príncipe meu coração já estava desolado.

A destruição, o caos e o medo eram tão grandes quanto a minha vontade de intervir, ajudar e resgatar. Não foram poucos os pedintes que em um francês precário nos ofereciam seus filhos para ficarem sobre nossa tutela.

Em pouco tempo lá já estávamos sobrecarregados de tarefas, a minha primeira foi ajudar e terminar um resgate de uma senhora de idade, ajudava na retirada de pedras e para falar a verdade neste eu fiquei na observação. Tudo para pegar o ritmo da equipe.

O trabalho não acabava.

Quando a equipe já se preparava para descansar o trabalho era sempre retomado e eu recorria à ração ou a uma barrinha de cereal. Nesta noite eu não estava 100% a muito não dormia e o cansaço começava a tomar conta de minhas decisões.

O nosso acampamento foi tomado por uma legião de homens e crianças que pulavam e falavam: “Help find someone alive, please help us”. Nossa equipe se dirigia ao local guiados por esta massa silenciosa, inquieta e com uma vontade de ajudar muito grande.

Um prédio uma vida.

Nos escombros de um prédio residencial estava Ricardo Dumont, 32 anos, completamente soterrado e a minha primeira impressão foi bastante positiva, pois, ele respondia e só reclamava de muita sede. A equipe optou por um resgate rápido e com o maior número de ajudantes possíveis. Já que prédio formava um “C” sobre nós o que tornava esta missão de alto risco.

Pedras retiradas, e um enorme problema, uma das vigas de sustentação do prédio estava sobre a parte inferior do corpo de Ricardo. Mesmo partida do meio a viga não poderia ser removida por mãos humanas.

Uma grande idéia.

Junto ao meu equipamento eu teria o necessário para uma pequena elevação da viga isto é se ele resistisse a tração de mais de duas toneladas.

Em breve: “O meu resgate parte 2”

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Braços pequenos

Estou querendo postar algo a muito tempo sobre como os nossos braços são pequenos.

Ai me lembrei de como foi difícil tirar fotos em uma viagem que fiz sozinho. E queria tirar uma foto da mochila e do meu rosto. Impossível...

Esta por exemplo:


Só mostra uma metade de mim.


Outra parte incompleta


E nada que eu fizesse poderia juntar as duas partes por completo.



O desespero foi tomando parte de minha personalidade


Apelei para as sombras.


E para a luz.

Mas meus braços ainda eram pequenos e tão distantes de mim. Querendo apenas o seu abraço para completar um sorriso, para completar a minha vida.


sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Capítulo 4: A maior queda de minha vida.

Sim eu cochilei em cima do caminhão e sim eu cai. Não, não me machuquei, mas, foi complicado correr atrás do caminhão e conseguir subir nele.


Esta pôde ser a minha maior queda física, porem, a moral ainda estava por vir.

Ao passarmos por Tamayo, compreendemos que ser um país pobre em uma ilha é muito complicado, algumas horas depois chegamos a um cerco humano, pessoas famintas, sedentas todo tipo de ajuda possível. Como o meu caminhão era o terceiro no comboio não consegui ouvir o primeiro contato da ONU com estas pessoas, até hoje eu não sei como ou o porquê da tentativa se saque.

Um momento de tenção tomou a atmosfera, um ar pesado e por alguns segundos eu entendi que a ajuda seguiria ao Haiti mesmo em detrimento de vidas.

Ressaca Moral.

Se eu descesse do caminhão perderia uma valiosa oportunidade de realizar meu objetivo, se descesse não teria como ajudar sozinho a matar a fome, a medicar e dar esperança para todos.

Três tiros.

Enquanto pensava não percebi que o saque ao caminhão scout havia começado e um susto tomou conta de meu coração, boca e alma. Um soldado efetuou um disparo, seguido por um eco interminável e gritos de todas as partes, gritei de horror.

Não conseguia ver o que ocorria o medo pela minha preservação foi maior que a vontade de lutar por ela.

À frente mais dois disparos, e mais uma vez a raça humana mostrou a sua irracionalidade. E o conflito apaziguado agora era representado por três balas de um revolver, lançadas ao ar, e três cápsulas, lançadas ao chão.

Próximo capítulo: O meu resgate.

sábado, 30 de janeiro de 2010

Capitulo 3: Insônia

Quando eu cheguei a Republica Dominicana, fiquei realmente perdido. Não havia para onde ir e a o calor que agora invadia o meu corpo como a euforia do primeiro beijo, me deixava ainda mais inquieto. Eu precisava urgentemente chegar aonde o mundo queria fugir. E estava escuro demais para eu perceber qualquer coisa que não fosse um monte de cachorros e um verdadeiro batalhão de homens.


Os homens

Quase todos de barba, blusas pesadas e brilhantes. E como brilhavam. Quando encontrei os ZAKA não imaginava o quando de experiência e conhecimento em resgates eles possuíam, apesar de serem israelenses possuíam um espanhol muito bom.

Com eles eu recebi um colete, um radio com GPS e uma bolsa de água que eu amarrei junto a minha mochila, como estava sozinho e eles eram apenas 4 fui convidado a conviver com eles e a atuar em resgates imediatos.

Como se chega a um pote de ouro?

O sonho de todo brigadista de cinema é ver o circo... Ou melhor, o Cine pegar fogo. Sabíamos-nos da situação em Porto Príncipe e só tínhamos um objetivo, chegar o quanto antes, já haviam se passado quatro dias do terremoto e a cada passo a procura de carona o meu coração acelerava, a ida de avião era quase impossível e nossa melhor oportunidade não demorou muito para chegar.

Um transatlântico voador pousou quando o céu já estava avermelhado querendo amanhecer, dele mantimentos e equipamentos de resgate como tratores e quadro caminhões da ONU. Estava tão compenetrado em ver tanto movimento que não me lembro exatamente como, mas, quando olhei para o lado, nós já estávamos sobre um dos caminhões. Rumo ao que Abener chamou de Pote de ouro, enquanto eu só pedia por um arco-íris.

Muito tempo depois já estávamos em uma estrada horrível e incrivelmente isolada. No comboio eu ainda tomei três vacinas e um tombo.

Por isto o próximo capitulo terá o nome de: A maior queda de minha vida.

Capítulo 2: A saída de São Paulo.

Como é difícil ir a um país sitiado, a dificuldade era tamanha que eu gastei quase duas horas de telefone com a embaixada do Haiti no Brasil e com a companhia aérea que me levou até o Rio de Janeiro.

No Aeroporto Galeão - Antonio Carlos Jobim, eu me motivei a perder minha virgindade e tomar um cafezinho, e como foi ruim, não me lembro de ter pagado tão caro por água suja antes. Para compensar o folhado misto era excelente e o suco de laranja ( pós trauma) também.

Do rio eu ainda fiz mais quatro conexões antes de desembarcar em Santo Domingo.

O ultimo avião era um Antonov AN-168, também conhecido como, avião de carga. Para ser sincero eu não esperava ser transportado junto com algumas toneladas de água e uma fruta que nem quis saber o nome, oriunda da Venezuela. O avião estava justamente levando as frutas para Republica Dominicana e as águas para outro lugar, não fiz questão de amizade com a tripulação, pois eles não existiam, no avião estava apenas eu e mais três pessoas. Por mais de duas horas eu me senti em um navio fantasma. E nossa que frio.

Não consegui dormir durante meu passeio, para ser sincero acho que não dormi por quase 12 dias. E por isto o Próximo terá o nome de Insônia.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Apelidos


Hoje eu estava voltando do mecânico onde deixei meu carro quando conheci uma moça super bacana no ponto de ônibus. Ela me perguntou qual era o meu apelido... E eu respondi... Não tenho... Mas que grande mentiroso que sou, pois, sou um homem de muitos apelidos.

Em ordem de recebimento.


 
Dé (Tios, Tias, Mãe e Família) ou Deh ( Para pessoas especiais).


Besouro (Na minha época DARK, Maldita adolescência auuaha)


Cazuza ( Pode não parecer + já tive cachinhos de anjinhos)


ANTEDEGUEMON (Este ainda vigora entre minhas amigas de SP que compartilharam o ensino médio comigo. Motivo -> Um trote que ficou super famoso na época, com uma pequena ajuda minha auhau <-)


Curinga (Oooh minha clow ou seja -> Um palhaço importado. Eu fazia malabares no metrô, trens e na rua sempre com meu nariz de palhaço e muita alegria. Nossa como eu gosto de fazer isto... O termo curinga surge após a minha leitura do livro “ O dia do curinga” um romance do escritor norueguês Jostein Gaarder, autor de O Mundo de Sofia. Eu adoro o livro e o apelido^^)



Ursinho Pin...ão ( KKKK Este foi fod*. Na minha 1ª faculdade uma colega me chamava de Ursinho Pimpão... A amiga dela converteu kkkkkkk... Dava muita vergonha ser chamado assim.)



Pesadelo ( Meu apelido na UFTM, minha universidade atual. Fraco de + e só pegou entre meus veteranos.


 
Tommy ( Um apelido por semelhança... Eu ainda me lembro de quando recebi o SPIKE meu cachorro de pelúcia de presente de minha querida amiga Cibelle... O apelido de Tommy veio junto, porém, se consagrou em Uberaba.)


Aventureiro ( Um apelido Justo, porem, novo e dado por uma pessoa Muito legal e de grande estima ^^ Será que é por causa de minhas expedições pela Améria Latina? Ou Por minhas aventuras internacionais? Qualquer dia eu chego ao gral do “Into the Wild”).

Nossa eu tenho um monte de apelidos... na verdade tem mais uns 4 como, bolinha, gordinho e tri-louco. Auhhuahua sem comentários.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Capítulo 1: A mochila perfeita.

Olá para quem não sabe eu acabo de retornar do Haiti.

Em pouco tempo eu tive uma vida modificada por completo, participei de pequenas missões de busca nos primeiros dias até ter o meu primeiro contato com a morte, que eu garanto que em nenhum momento me deixou sozinho. Tive realmente sentimentos de repulsa, nojo e compaixão todos elevados a décima potência. Vou começar com o básico.

Minha mochila: quando decidi aceitar este desafio muitas perguntas tiveram espaço garantido em minha mente, porem, somente uma contou em minha lucidez, o preparo de minha bagagem. Não poderia colocar nada de valor, nem material e muito menos sentimental. Com as poucas notícias que eu possuía do local sabia que não contaria com a internet ou com o equipamento mais trivial de nosso tempo o telefone. Como não sabia o tempo exato de minha permanência no local optei por carregar o mínimo para potencializar a minha resistência e facilitar minha locomoção. Eu praticamente repeti os equipamentos essenciais como filtro solar fator 30, desodorante de longa duração 48h e um tubo de pasta de dente que no decorrer de meu relato ganhará varias utilizações.

Duas calças jeans, 5 camisetas e 7 meias e cuecas. Três lanternas alimentadas a dínamo, 20 barras de cereais e um mini purificador de água. Um complexo vitamínico e 50g de sódio e por ultimo e muito importante uma barraca iglu para 2 pessoas, uma cadeirinha Arane (Para atividades com corda), um capacete Focus, freio 8 Alpen Pass, luva de escalada, um jogo com 8 mosquetões (alumínio) e 20 metros de corda.

Total: 14 kg Equipamento pessoal: 4 kg Outros Equipamentos: 10 kg
Confesso que desta vez eu me superei. Nunca viajei com uma mala tão completa e ao mesmo tempo tão leve. Consegui colocar tudo na parte de dentro da mochila ficando apenas a corda em suspensão.

Hoje eu me arrependo de não ter levado uma toalha de rosto,

Próximo capítulo: A saída de São Paulo.